14/09/2025 16:17

  • Home
  • Politica
  • Segundo OMS, Rio de Janeiro sofre com falta de atendimento psicológico adequado

Segundo OMS, Rio de Janeiro sofre com falta de atendimento psicológico adequado

Imagem meramente ilustrativa / Reproduçao: Internet

Antes omitida e sinônimo de estigma, a saúde mental tem sido cada vez mais debatida não somente no Brasil, mas em todo o mundo. Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado, na última semana, um dos problemas mais complexos e presentes na população mundial é a depressão.

O estudo aponta que somente 9% das pessoas diagnosticadas com a doença recebem tratamento adequado. No Rio de Janeiro, a realidade não é diferente. O subdiagnóstico e o subtratamento são verificados de forma alarmante nos mais de 40 Centros de Atenção Psicossociais (CAPS), distribuídos pela cidade.

A demanda é tamanha que as instituições não conseguem atendê-la, deixando a população à mercê de sintomas que, se não tratados, podem ser incapacitantes.

No ano passado, a falta de estrutura dos CAPS levou o Ministério da Saúde a repassar R$ 5,6 milhões ao Governo do Estado para habilitar novos serviços de saúde mental, incluindo dois CAPS adicionais e 19 Serviços Residenciais Terapêuticos.

Segundo a advogada Erica Affonso, especialista em Direito Médico e da Saúde, o subdiagnóstico e o subtratamento da depressão representam um problema grave para a saúde pública, especialmente entre as pessoas economicamente mais desfavorecidas:

“No Rio de Janeiro, a depressão continua sendo subdiagnosticada e subtratada. Muitas pessoas não têm acesso a psicólogos ou psiquiatras, e os planos de saúde privados nem sempre oferecem cobertura completa. É uma questão de saúde pública e de direito do cidadão”, afirma Erica Affonso.

Diante da gravidade e emergência do cenário, a legislação brasileira avança para enfrentar a questão através da Lei 14.831/2024. A norma determina a implementação de medidas de prevenção ao suicídio em empresas públicas e privadas.

A advogada e outros especialistas alertam que a negligência quanto à saúde mental dos trabalhadores por parte das empresas é passível de consequências jurídicas para as organizações:

“Pacientes que não recebem atendimento adequado podem recorrer à Justiça para garantir seus direitos. Empresas e órgãos públicos precisam compreender que saúde mental não é luxo, mas prioridade”, ressalta a especialista.

Receba notícias no WhatsApp e e-mail

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Em artigo no ‘The New York Times’, Lula diz a Trump que soberania e democracia do Brasil são inegociáveis – CartaCapital

O presidente Lula (PT) publicou neste domingo 14 um artigo no jornal norte-americano “The New…

Katia Miki lança projeto “Som na Praça” em Barra do Piraí

Foto: Divulgação Barra do Piraí – Com o objetivo de fomentar os artistas e o…

Assassinado no Açude, em VR, era morador do Belmonte – Informa Cidade

Uma das vítimas do duplo homicídio na manhã deste domingo (14), na Rua 13, no…